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Investimentos

16 de Junho de 2023 as 15:06:10



VAREJO E SHOPPING - Relatório Setorial - Junho/2023 - Performance das Empresas


 
VAREJO E SHOPPING - Relatório Setorial - junho/2023
Performance das empresas de nossa cobertura
Georgia Jorge, CNPI-P
Junho/2023
 
No mês de maio, o Índice de Consumo subiu 12,3%, quebrando uma sequência de 7 meses consecutivos com performance inferior à do Ibovespa. O Ibovespa subiu 3,7%, enquanto o Índice de Consumo valorizou 12,3%, sinalizando uma resposta dos investidores ao fechamento da curva longa de juros, o que tende a beneficiar as companhias cíclicas.
 
Dados do Mercado - VAREJO
 
Em maio, o Ibovespa acumulou alta de 3,7%, beneficiado pelo recuo acentuado nos juros futuros no mês, o que culminou no fechamento de cerca de 200 pontos da curva em 90 dias. Nesse contexto, os investidores privilegiaram a alocação em companhias cíclicas em suas carteiras de ações, o que impulsionou o índice de consumo, que teve valorização de 12,3% no mês, após 7 meses consecutivos com desempenho inferior ao do Ibovespa.
 
Dentre as companhias com melhor performance no mês, destacaram-se o Grupo Mateus (GMAT3 +32%), Via (VIIA3 +29%) e Grupo Natura (NTCO3 +25%). As duas primeiras possuem teses de investimento bastante atreladas a crescimento, enquanto a terceira sinalizou a redução de alavancagem financeira conforme a venda da Aesop seja concluída. 
 
Vide no anexo a tabela com os dados de desempenho na bolsa B3 das empresas de varejo brasileiras, na pág 02.
 
Na ponta oposta, as companhias que menos se valorizaram foram Grupo Pão de Açúcar (PCAR3 +8,5%), Hypera (HYPE3 +10%) e RaiaDrogasil (RADL3 +12%). Ao nosso ver, o desempenho mais fraco de GPA deveu-se à fraca performance do 1T23, enquanto o das demais refletiu um movimento de realização der lucros por parte dos investidores, com redirecionamento para companhias mais arriscadas. 
 
Vemos perspectivas favoráveis para as companhias do setor varejista, diante de um maior otimismo em relação ao arrefecimento da inflação e início do ciclo de afrouxamento monetário nos próximos meses, o que deverá contribuir para um cenário mais propício para o consumo.
 
Desempenho do Mês – Companhias Cobertas (% m/m)
 
> Grupo Mateus -  32,3%
Via -                    29,4%
Grupo Natura -   25,6%
Quero-Quero -    23,4%
Lojas Renner -   22,8%
Pague Menos -   15,3%
Magaz Luiza -     13,8%
ICON -                12,3%
RaiaDrogasil -    12,1%
Hypera -               9,6% 
Pão de Açúcar -   8,5%
Ibovespa -            3,7%
 
Em maio, o Ibovespa acumulou alta de 3,7%, beneficiado pelo recuo acentuado nos juros futuros no mês, o que culminou no fechamento de cerca de 200 pontos da curva em 90 dias.
 
Nesse contexto, os investidores privilegiaram a alocação em companhias cíclicas em suas carteiras de ações, o que impulsionou o índice de consumo, que teve valorização de 12,3% no mês, após 7 meses consecutivos com desempenho inferior ao do Ibovespa.
 
Dentre as companhias com melhor performance no mês, destacaram-se o Grupo Mateus (GMAT3 +32%), Via (VIIA3 +29%) e Grupo Natura (NTCO3 +25%). As duas primeiras possuem teses de investimento bastante atreladas a crescimento, enquanto a terceira sinalizou a redução de alavancagem financeira conforme a venda da Aesop seja concluída. 
 
Na ponta oposta, as companhias que menos se valorizaram foram Grupo Pão de Açúcar (PCAR3 +8,5%), Hypera (HYPE3 +10%) e RaiaDrogasil (RADL3 +12%). Ao nosso ver, o desempenho mais fraco de GPA deveu-se à fraca performance do 1T23, enquanto o das demais refletiu um movimento de realização der lucros por parte dos investidores, com redirecionamento para companhias mais arriscadas. 
 
Vemos perspectivas favoráveis para as companhias do setor varejista, diante de um maior otimismo em relação ao arrefecimento da inflação e início do ciclo de afrouxamento monetário nos próximos meses, o que deverá contribuir para um cenário mais propício para o consumo.
 
SHOPPINGS Dados do Mercado 
 
> Resumo
 
A boa performance de papéis ligados ao consumo doméstico também se refletiu na valorização das companhias de shopping centers, com Aliansce (ALSO3) e Iguatemi (IGTI11) acumulando altas superiores à da bolsa no decorrer de maio. 
 
A Multiplan (MULT3), por sua vez, teve valorização inferior à do Ibovespa pela primeira vez em 2023, mas ainda assim mantém uma performance bastante superior no acumulado do ano (+21,8% ante -1,3% do Ibovespa no período). Ao nosso ver, seu desempenho abaixo de seus pares deveu-se à preferência dos investidores por companhias que serão mais beneficiadas com a perspectiva de queda de juros nos próximos meses, com a redução da pressão das despesas financeiras no resultado das companhias.
 
> Dados de Crédito
 
A concessão de crédito acumulada em 12 meses desacelerou nos últimos 6 meses até abril/23 na comparação anual. 
 
A inadimplência da pessoa física mantém patamar elevado em 6,2%.
 
A concessão de crédito de recursos livres à pessoa física em 12 meses acumula alta de 18,0% na comparação anual, amparado pelo crescimento de 24,6% no crédito rotativo e pela queda de 3,0% no crédito não rotativo. Na comparação mensal, o crédito rotativo teve queda de 9,5%, enquanto o não rotativo caiu 13,2%.
 
O saldo de empréstimos livres à pessoa física totalizou R$ 1,818 trilhão em abril/23, o que corresponde a uma alta de 13,9% a/a e de 0,3% m/m, enquanto a inadimplência da pessoa física teve uma alta de 0,2 p.p. m/m e atingiu 6,2%.
 
Conforme revisão dos dados pelo Banco Central, o endividamento total das famílias em março/23 foi de 48,5%, enquanto o comprometimento de renda, por sua vez, atingiu 27,7%, +0,3 p.p. m/m.
 
> Dados de Emprego e Renda
 
O saldo acumulado de vagas no mercado formal totaliza 706 mil em 2023 (até abr), enquanto a taxa de desemprego no último trimestre do ano foi de 8,5%, acompanhada de queda de participação na força de trabalho.
 
Em abril/23, o mercado formal de trabalho (com carteira assinada) teve um saldo positivo de 180 mil postos de trabalho, ante uma variação positiva de 205 mil no mesmo período de 2022. 
 
Com isso, o saldo acumulado de 2023 atingiu 706 mil vagas, em comparação a um saldo positivo de 825 mil em 2022.
 
A taxa de desemprego do trimestre findo em abril/23 atingiu 8,5%, 2,0 p.p. inferior ao mesmo período do ano anterior e 10 bps superior ante o trimestre imediatamente anterior. 
 
A taxa de participação na força de trabalho, por sua vez, também caiu para 61,4%, -100 bps a/a e -50 bps t/t.
 
Já a massa de rendimento real habitual atingiu R$ 278,8 bilhões, queda de 0,7% ante o trimestre imediatamente anterior, mas 9,6% superior na comparação anual.
 
Inflação
 
Inflação medida pelo IPCA teve variação positiva de 0,61% em abril, inferior à mediana das estimativas. No IPCA-15 de abril, houve inflação de 0,51% m/m, puxada principalmente por Saúde/Cuidados Pessoais e Alimentos/Bebidas.
 
O Índice de Preços aos Consumidor Ampliado (IPCA) sofreu variação positiva de 0,61% no mês de abril. Os setores que contribuíram com as maiores altas foram Saúde/Cuidados Pessoais e Vestuário. 
 
O resultado do mês de abril veio acima da mediana das estimativas (0,55%, com piso das projeções em 0,43% e teto em 0,65%), apuradas pelo Broadcast.
 
No IPCA-15, divulgado em 25/mai, houve desaceleração da inflação, para 0,51% m/m (mediana das estimativas em 0,65%), com as maiores altas nos segmentos de Saúde/Cuidados Pessoais e Alimentos/Bebidas. Além disso, a difusão subiu para 64,3%, ante 63,22% no mês anterior.
 
Dados de Confiança
 
Em abril, o Índice de Confiança do Consumidor subiu 1,4 ponto frente ao mês anterior, com alta nas expectativas futuras, mas retração do indicador de situação atual.
 
No mês de maio, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela FGV, atingiu 88,2 pontos, alta de 1,4 pt na comparação com o mês anterior.
 
De acordo com a FGV, a alta da confiança dos consumidores foi motivada pela melhora das expectativas para os próximos meses, talvez associada à sensação de alívio de inflação no curto prazo, resiliência do mercado de trabalho e aumento do salário mínimo.
 
Entre os indicadores que compõem o índice com a situação atual, houve queda de 2,1 pts. do indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares do momento, enquanto o indicador de satisfação sobre a situação econômica local do consumidor subiu 0,6 pt.
 
Indicadores de Atividade
 
Volume de vendas no varejo restrito sobre 0,8% m/m em março, acumulando alta de 1,2% em 12 meses. Já o ICVA também apresentou variação negativa no mês de abril/23, apesar do desempenho ruim em Bens Duráveis e Serviços.
 
O volume de vendas no varejo restrito registrou alta de 0,8% m/m em março/23, após estabilidade m fevereiro. Os setores com melhores performances foram Escritório/Informática e Supermercados, enquanto o segmento de Vestuário foi o que apresentou o pior desempenho na comparação mensal. No acumulado dos últimos 12 meses, o volume de vendas do varejo teve alta de 1,2%, com os segmentos Saúde e Beleza, Material de Escritório/Informática e Supermercados apresentando as melhores performances no período.
 
O Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), por sua vez, veio negativo em 2,1% a/a em abril/23. Na comparação anual, houve queda de Serviços (-8,2%) e Bens Duráveis e Semiduráveis (-9,3%), enquanto o setor de Bens Não Duráveis apresentou alta de 2,6%, beneficiado pelo desempenho de Postos de Combustíveis.
 
Crescimento do fluxo de pessoas na comparação anual. Destaque para o segmento de Saúde e Beleza mais uma vez.
 
No comparativo anual, as lojas de Shopping Center tiveram crescimento em faturamento (+1,0%) e fluxo de pessoas (+6,0%), mas queda na quantidade de cupons (-2,0%). Na comparação mensal, todos os indicadores tiveram alta expressiva.
 
Em relação ao desempenho por segmentos, Saúde e Beleza segue como o segmento mais resiliente, com alta expressiva em todos os indicadores. 
 
Como destaque negativo no mês, pontuamos a queda de faturamento em hipermercado e artigos de uso pessoal/doméstico.
 
CONFIRA no anexo a íntegra do relatório a respeito,
elaborado por GEORGIA JORGE, CNPI-P
analista do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GEORGIA JORGE, CNPI-P analista do BB Investimentos





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